quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Relatos (bem-sucedidos) de uma entrevistadora de primeira viagem

            Os ponteiros do relógio marcavam 19:27 quando eu consegui, finalmente, chamar um táxi. “Vou chegar atrasada”, pensei, enquanto terminava de colocar meus pertences dentro da bolsa e corria para o portão. Eu estava prestes a viver uma das experiências jornalísticas mais incríveis da minha vida, e minhas unhas sofriam as consequências da minha ansiedade.
Quando a banda Hocus Pocus respondeu meu contato e disse que sim, seria possível marcarmos uma entrevista, quase pulei de alegria. Comecei a pesquisar e formular perguntas freneticamente, me empolgando com os resultados e sorrindo ao imaginar as possíveis respostas.
Ao chegar ao local combinado (menos atrasada do que o calculado), consegui entrar rapidamente devido ao horário. Conversei com os seguranças, que me levaram até o sushi bar, onde a banda se preparava para lanchar. “Será que você poderia esperar uns 15 minutinhos? Nosso ‘rango’ acabou de chegar”, o líder da banda me disse amigável e timidamente após uma breve apresentação. Eu disse que “sim, claro, estarei na mesa ao lado. Sem pressa”. E esperei, enquanto testava o gravador e conferia as perguntas nervosamente.
Depois de algum tempo, o mesmo integrante se aproximou da minha mesa e sorriu: “Vamos lá?”. Juntei minhas coisas enquanto ele me explicava que seria melhor que a entrevista fosse do lado de fora, já que a música ali dentro era muito alta. Após confirmar a um segurança que eu estava com a banda e ter minha passagem liberada, segui-os para uma escada misteriosa que dava para a rua. Os cinco integrantes então atravessaram a rua e se dispuseram em fila em uma pequena mureta; eu pedi para fazer umas fotos da banda e eles atenderam prontamente, discutindo entre si qual seria a melhor maneira de se posicionarem para a foto. Enquanto destampava a lente da câmera e arrumava suas configurações, pensei “pelo visto eles são todos simpáticos”. Para meu alívio, minha observação seria confirmada durante toda a nossa conversa.
Dei início à entrevista perguntando sobre a tradição da banda, que é a mais antiga de Belo Horizonte a fazer cover dos Beatles. Eles então começaram uma história sobre um grupo de amigos montando uma banda para tocar como hobby, que teve o sucesso reconhecido e resolveu ampliar os horizontes. A cada pergunta feita, eles descontraíam a resposta, contando histórias divertidas (toda banda as tem aos montes) e fazendo questão de detalhar bem as respostas, para que eu pudesse entender.
O andamento da conversa foi extremamente tranquilo, já que eu entendia bem do assunto e soube escolher as perguntas certas. Como observadora nata, fui notando as características mais perceptíveis de cada membro. O baterista, Jô Andrade, fazia o estilo “paizão”, e respondia às perguntas com uma história sua ou de alguém da família. O guitarrista principal, Beto Arreguy, era extremamente educado e cavalheiro; notei isso a partir de sua apresentação formal, com direito a um aperto de mão, e pela prontidão com que ele pegou uma caneta que deixei cair enquanto pegava algo em minha bolsa. O baixista, Walter Andrade, também gostava de contar histórias, talvez por ser o mais velho da banda. O vocalista principal e guitarrista, Vlad Magalhães, fazia o tipo “esquisitão”; ficava mais calado e parecia preferir responder a perguntas de ordem técnica e diretamente musical, como as canções difíceis de reproduzir no palco. Simpatizei especialmente com ele, talvez por seu jeito doce e paciente. O tecladista, por último, permaneceu calado durante toda a entrevista, não sei se por timidez ou alguma espécie de indiferença. Seu nome era Sylvio Campos e ele se destacava entre os outros quatro por ser bem mais jovem que eles.
Após riscar todas as perguntas da minha folha, a entrevista, que no final já tinha tomado o rumo de uma conversa entre amigos, terminou, justo no momento em que o Jô pedia licença para ir ao banheiro. Agradeci imensamente a atenção da banda, muito satisfeita com o que tinha conseguido mas, principalmente, por eles terem sido tão simpáticos e tornado meu trabalho tão fácil. Me despedi de todos eles e voltei para o pub, onde esperei o início do show encostada no bar, com uma sensação de dever cumprido. Quando eles subiram ao palco, fiz questão de prestigiá-los na primeira fila, cantando todas as músicas daquela banda que era tão importante para eles e para mim.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Você

     Depois de passar muito tempo refletindo sobre o porquê da gente não ter dado certo, eu cheguei a algumas conclusões básicas que eu não consegui perceber antes por pura ingenuidade.
     Você não merece minha angústia, e nem mesmo minha felicidade. Você não merece meu carinho ou meus afagos. Você não merece nem mesmo meu sorriso.
     Você não vale minhas horas de sono perdidas, e muito menos as lágrimas do meu travesseiro. Você não vale os acordes das músicas que me lembram a sua presença... Elas são muito melhores que você. Você não vale o meu tempo perdido na frente do espelho me arrumando para te ver; você não vale o meu perfume mais barato.
     Eu deveria ter percebido isso mais cedo, mas o sentimentos atribuídos a alguém nos fazem ter uma percepção de valores geralmente não condizente com a realidade. Tudo não  passou de um equívoco... Mas agora eu sou capaz de afirmar, do alto da minha lucidez (e modéstia): você não merece alguém como eu.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O lado escuro das redes sociais

            As redes sociais, criadas para o compartilhamento de opiniões e relacionamento em seu sentido mais abrangente, deixaram de ser meras estruturas de socialização para se tornar um fenômeno quase global.
            Entre os jovens, a “febre” vai desde um site em que é possível criar um perfil virtual para se relacionar com pessoas até um servidor para microblogging onde o usuário pode expor o que pensa – em até 140 caracteres. Além dos exemplos citados, existem vários outros tipos de redes que seguem o mesmo propósito básico: a interação entre usuários.
            A exposição pessoal, que surge como inerente a esse intercâmbio cibernético, deve ser considerada na medida em que esbarra em alguns problemas. Um deles é o bullying (do inglês bully, ou valentão), classificado como qualquer ato de violência física ou psicológica praticado de maneira intencional e contínua para fins de intimidação. Se o termo em si já é um produto da modernidade, o recente bullying virtual ainda encontra barreiras, uma vez que não existem leis no Brasil e em muitos outros países que criminalizem esse tipo de ato.
            A associação dos fatores mencionados acima nos remete a um acontecimento relativamente recente, de ampla repercussão: o suicídio da jovem inglesa Hannah Smith, de 14 anos. De acordo com seu pai, a garota sofria insultos através do Ask.fm, uma rede social cuja ideia é um jogo de perguntas e respostas. Foram encontradas em sua página várias ofensas anônimas, que insinuavam que ela deveria se matar.
            O que deve ser pensado a partir do ocorrido é o peso negativo que o anonimato exerce nas redes sociais, quase como um incentivo ao bullying e/ou práticas mal-intencionadas em geral. É relativamente fácil encontrar o perfil de alguém, por se tratar de uma rede aberta e interligada. E justamente pela impunidade já citada anteriormente, somada à opção de postagem anônima, o cyberbullying se torna uma prática impensada que pode ter consequências graves para a vítima.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sobre o fim

     Para me lembrar de você, não preciso de muita coisa. Basta eu dar play naquela música para que, inconsciente e subjetivamente, todas as lembranças mostrem a cara. Nem sempre são lembranças boas, admito, mas o conjunto delas é suficiente para estancar o sofrimento.
     Engraçado pensar que quando tudo começou não era nada sério. Eu fui  me deixando levar pela despretensão, sem nem ao menos pensar no fim que a nossa "história" poderia ter.
     A música continua tocando... Aquela música que me fez chorar como uma criança ao perceber que não, eu não te encontraria ali no meio da multidão. Nem ali, nem em lugar nenhum. Cada nota do piano parecia caçoar de mim, dos meus sentimentos tão frágeis quanto as lágrimas que eu tentei esconder com os óculos de sol.
     Você ainda pensa em mim quando alguma música começa a tocar? Você ainda pensa em mim? O que nos uniu foi a minha ilusão, mas quando isso aconteceu já era tarde demais... Você já não era mais parte do todo; se é que ele um dia existiu.
     Agora eu fico aqui, escutando a música repetidamente na esperança de que os acordes me tirem dos devaneios e me tragam de volta para a vida real. E esperando, acima de tudo, compreender um fato elementar: a gente é feito pra acabar.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Sol e as memórias

     Seu cabelo ainda está no meu travesseiro. Seu cheiro ainda está grudado em mim. Só faz uma semana que você foi embora, mas eu sei que dessa vez você não vai voltar. Então eu fico me agarrando às lembranças de nós dois, enquanto tento ignorar o sofrimento.
     Já tentei várias maneiras de me libertar, mas você parece sempre vencer. Exausta pelas tentativas, eu cedo e me deixo levar com a avalanche de memórias.
     A certeza da perda é maior que a esperança do reencontro; de qualquer maneira, eu procuro seu olhar no meio da multidão de semblantes desconhecidos. Faço isso até que eles se tornem ameaçadores, e então eu fecho os olhos, resignada.
     Agora você está longe, eu sei, e não há mais nada que eu possa fazer. O que me acalma é pensar que o Sol que me acorda é o mesmo que banha a sua pele, todas as manhãs. E assim, dou início a mais um dia sem você. Porque é desse jeito que as coisas devem ser.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nostalgia

Confusão de sentimentos
Uma noite, um tormento
Eu grito que te amo
pra você me escutar

Meus olhos como flashes
como lentes de aumento
tiram fotos dos momentos
que pra sempre vou lembrar

Cada minuto, cada segundo
que parece não durar
Fecho os olhos e suspiro
Tenho tudo onde está

Um sorriso pousa, inerte
e as lágrimas não vem
Por magia, eternamente
a ternura se mantém.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Resenha - Moonrise Kingdom

                A história de um jovem casal que se apaixona e decide fugir em meados dos anos 60 pode parecer estranha ao ser aplicada aos personagens principais, crianças de doze anos. Este é, basicamente, o enredo de Moonrise Kingdom, de Wes Anderson. Um dos elementos mais cativantes do filme, porém, é a maneira delicada e divertida com que tal enredo é retratado.
                Suzy é uma garotinha rebelde que participa de um coral de igreja e tem problemas com os pais. Sam é um escoteiro dedicado às suas atividades, com muito interesse em técnicas de acampamento. Eles se conhecem em uma das apresentações de Suzy, e a partir daí começam a trocar cartas e bilhetes que mais tarde se transformam em um plano de fuga para ambos, cansados de suas vidas monótonas.
                O desenrolar dos fatos, que não ocorre de maneira totalmente linear, é acompanhado de uma trilha sonora simples e coesa. Ela é, em sua maior parte, constituída de cantos gregorianos por vozes infantis, o que remete à igreja e às crianças, estabelecendo uma ligação entre dois itens importantes do filme.
Com uma fotografia convidativa e um enquadramento que beira a perfeição, Wes trabalha com uma exploração agradável dos aspectos técnicos, que permeia também a escolha de cores, condizente com a história e a época retradadas no filme.
                A obra é delicada, tratando com sutileza a fase de transição entre infância e pré-adolescência vivida pelos personagens principais, que é marcada pela união entre inocência e curiosidade à medida que eles se apaixonam.
                Pode-se estranhar a princípio o modo adulto com que Suzy e Sam agem, com atitudes maduras que não fazem parte do comportamento de crianças de doze anos. A todo o tempo, os dois são representados com um espírito de independência, coragem e racionalidade, ao longo de sua fuga pela floresta. O estranhamento, contudo, transforma-se em empatia no decorrer do enredo, ao nos depararmos com um casalzinho simpático e despretensiosamente “apaixonado”.
                Tendo como base uma história divertida e tola, o diretor consegue trabalhar de modo a inserir emoção ao enredo, com dramas casuais familiares que envolvem perdas e traições. Tal inserção não é determinante para que o filme seja concebido de maneira dramática, assim como a sutileza no humor da trama impede a propulsão à comédia nonsense. Moonrise Kingdom, dessa forma, é um filme leve e bem equilibrado que explora o imaginário infantil em relação ao primeiro amor.



sábado, 13 de abril de 2013

Resenha Literária - A Culpa é das Estrelas



           A Culpa é das Estrelas é um romance de John Green que narra a história de dois jovens com câncer. Hazel Grace tem câncer nos pulmões e Augustus Waters tem osteossarcoma, um tipo de câncer nos ossos. Eles se conhecem em um grupo de apoio da Igreja e juntos partilham um romance digno de um filme hollywoodiano.
            A narrativa presente no livro, na perspectiva da garota, flui de maneira fácil e despretensiosa, prendendo o leitor com pitadas de humor negro e trechos inteligentes. Os personagens são divertidos e as situações vividas por eles são das mais diversas, tendo sempre a doença como plano de fundo.
            Entretanto, o clichê presente no par antitético formado entre doença e amor parece forçar a barra em alguns momentos do livro: o autor deixa bem claro, através da narrativa da garota, que ambos estão conscientes da morte e ao mesmo tempo se amam incondicionalmente, o que pode soar um pouco exagerado ao se considerar suas idades (16 e 17 anos). Além disso, há certos momentos em que a protagonista parece não ter emoções que seriam de se esperar que naturalmente surgissem, o que pode incomodar um pouco o leitor mais sentimental.
            Apesar de conter uma mensagem bastante interessante sobre a tragédia da vida e do amor, a obra parece pré-programada para aflorar emoções de pré-adolescentes bobinhas. Durante todo o enredo, o livro segue à risca a receita para uma história de drama romântico de sucesso, abusando de frases prontas que já provaram sua força no mundo literário juvenil. Na medida em que são percebidas, essas características fazem com que o “drama” perca sua beleza, se tornando deveras artificial e superestimado.
            Julgamentos à parte, A Culpa é das Estrelas é um livro de leitura fácil e relaxante, recomendável para ser lido sem grandes expectativas. Ele acaba convencendo na concepção de drama água-com-açúcar em que provavelmente foi escrito. O que atrapalhou a obra foi sua superestimação por parte do público-alvo leitor.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pelo amor ou pela dor

     Não queria que as coisas tivessem tido esse desfecho. Eu sei que todas as coisas passam, mas eu queria que a gente tivesse durado mais. Mesmo assim, não teria feito nada diferente se pudesse voltar atrás, foi tudo bom da maneira em que aconteceu.
     O que me incomoda, de verdade, foi o nosso adeus. Ou melhor, a falta dele. Tudo acabou tão de repente! Em um momento estávamos juntos, no outro, separados por uma barreira invisível e intransponível. O que foi que aconteceu? Alguma inconveniência do destino, ou puro descaso provocado pelas mudanças?
     A vida às vezes prega essas peças na gente, mesmo: vem o futuro, as mudanças, novidades... E de repente nós já estamos completamente desligados do que antes era o presente. E o que antes tinha uma aparência imutável, permanente, se transforma em efêmero, distante... Tão distante que não dá mais pra voltar atrás e tentar resgatar o que ficou perdido. Assim é a vida, assim é seu caminhar. De qualquer maneira, ainda não aceito que o tempo tenha nos vencido para dar espaço à coisas que não necessariamente são melhores do que aquelas vividas por nós.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Resenha - Ferrugem e Osso



            “Ferrugem e Osso” é um drama francês de 2013, dirigido por Jacques Audiard. É baseado em um livro de mesmo nome (Rust and Bone em inglês) e foi indicado a vários prêmios, como a Palma de Ouro em Cannes e o Globo de Ouro.
             O filme conta a história de Ali, que se vê desempregado com um filho de cinco anos para cuidar. Ele decide ir morar com a irmã e consegue arrumar um emprego como segurança de boate. É lá que ele conhece Stephanie (Marion Cotillard – linda como sempre!), ao apartar uma briga. Ela é treinadora de orcas, até que um dia sofre um acidente em seu trabalho que a faz perder as duas pernas. Esse é, basicamente, o contexto em que se desenrola o enredo do filme, permeado por sentimentos como solidão, incapacidade e amor.
            À medida que vão se conhecendo melhor, Ali e Stephanie desenvolvem uma relação que a princípio pode ser caracterizada como amizade, mas que ao longo do filme vai tomando outras formas, o que dá espaço para uma exploração de vários quesitos técnicos do filme de maneira bonita e tocante.
             A fotografia do filme é muito bonita, com cenas iluminadas (adoro!) e enquadramentos bem feitos. As cenas da praia e o “reencontro” de Stephanie com a baleia merecem destaque nesses aspectos.             No geral, o filme consegue transmitir a mensagem que deseja através do cenário e do ambiente, o que é bem interessante, pois provoca uma imersão do espectador na história. Entretanto, é possível sentir certo vazio nas transições entre as cenas. Muitas vezes, elas parecem um tanto desconexas e abruptas, fazendo com que o filme apresente uma deficiência na fluidez das imagens.
             A trilha sonora é um caso à parte! A primeira faixa é Wash, do Bon Iver. Também faz parte da trilha a música Firework, da Katy Perry, que combina muito bem com a cena. A escolha das faixas é pertinente durante todo o filme, unindo-se com as imagens de maneira quase perfeita. A seleção de Wolves (Act I and II), também do Bon Iver, dá um ar nostálgico e emocionante à última cena.
             Mesmo podendo ser um pouco cansativo em alguns momentos, Ferrugem e Osso é um bom filme, com bons momentos e uma história muito bonita. Interessante ressaltar que mesmo sendo um filme dramático, o andamento do filme não provoca aquela sensação de que foi feito para fazer chorar. Ele passa longe de dramas clichês, sendo simplesmente bonito.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vida Plena

     Que minha vida seja plena. É só isso o que eu peço pro cara que fez isso tudo, esse mundão todo. Só me basta ter uma vida plena, o resto eu vou arranjando no meio do caminho. Os erros, os acertos, as incertezas, amores, não-amores... Isso e todas as outras coisa eu consigo criar e resolver à medida que for vivendo; só preciso da vontade de continuar seguindo em frente, tarefa essa que parece tão difícil em alguns momentos...!
     Meu escudo é minha determinação, minha bagagem são as memórias, e assim eu vou caminhando, colhendo as flores que me aparecerem no caminho e me desviando das pedras e buracos, já que eles também existem. Quem quiser me acompanhar nessa jornada será muito bem-vindo.
     E é assim, nessa caminhada gloriosa, que eu sigo intuitivamente, na esperança de concretizar o desejo de uma vida plena, com realizações memoráveis, enganos divertidos e lembranças nostálgicas. Mas, acima de tudo, a certeza de deixar a longa caminhada circundada por pura paz de espírito.

sábado, 30 de março de 2013

O futuro é logo ali


Infelizmente, as coisas não saíram como o esperado. O sonho, tão cultivado durante anos, não foi realizado e, no lugar dele, veio uma realidade assustadora e repentina.
É agora. O resultado de uma preparação que durou a vida inteira está se aproximando. Apesar de ter sido rejeitado a princípio, ele deve ser encarado com uma postura nunca antes exigida: madura e séria.
Sim, é normal que surjam dúvidas em alguns momentos de desespero contido. Afinal, o que vem aí é a representação de um rompimento semipermanente com tudo o que já é conhecido, dando espaço para o início de uma vida nova. O desconhecido e o incerto assustam, e suplicam pela coragem e determinação; coragem para enfrentar as novidades que surgirão e determinação para cumprir da melhor maneira o que sempre foram promessas silenciosas, daquelas feitas antes de dormir.
Para cada expectativa há um medo, contrabalanceando e formando um turbilhão de pensamentos. Não é possível prever o que vem pela frente, e o que resta é viver e ver no que dá. O futuro é logo ali.