O filme se inicia mostrando
a infância de Marjane, junto de seus parentes adeptos de filosofias ocidentais.
A menina, que é educada de modo a perceber várias falhas no sistema e na
sociedade em que vive, é mandada à Áustria para estudar. Lá, ela desenvolve sua
personalidade e descobre um modo de vida completamente diferente do que estava
acostumada em Teerã, a cidade onde cresceu.
Através de uma
narrativa bem-humorada que mescla a história de um país com acontecimentos
pessoais vividos pela autora e personagem principal, Persépolis consegue prender o espectador ao mesmo tempo em que
relata as dificuldades existenciais de Marjane. Ela, que se sentia incomodada
com as imposições de seu país, também experimenta uma espécie de deslocamento
na Áustria, sentindo-se insegura por ser do Irã.
À medida que a trama
vai se desenvolvendo, o espectador acompanha capítulos da vida de Marjane, que
são apresentados em preto e branco e com um traçado simples, que não se
preocupa em ser realista.
Não é necessário um
conhecimento prévio muito profundo acerca do Oriente Médio para simpatizarmos
com Persépolis; o filme explica de
forma leve e coesa a realidade daquela região, podendo ser classificada como
uma animação voltada principalmente para o público adulto, mas que entretém a
toda a família.