terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Resenha - Persépolis

   
        Persépolis é uma animação francesa de 2007, dirigida por Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi. O filme autobiográfico, vencedor de vários prêmios da indústria cinematográfica mundial, é uma adaptação do romance gráfico de mesmo nome. Ele conta a história de uma moradora do Irã, que assiste à queda da ditadura do Xá Reza Pahlevi e a revoluções populares durante as décadas de 70 e 80.
            O filme se inicia mostrando a infância de Marjane, junto de seus parentes adeptos de filosofias ocidentais. A menina, que é educada de modo a perceber várias falhas no sistema e na sociedade em que vive, é mandada à Áustria para estudar. Lá, ela desenvolve sua personalidade e descobre um modo de vida completamente diferente do que estava acostumada em Teerã, a cidade onde cresceu.
            Através de uma narrativa bem-humorada que mescla a história de um país com acontecimentos pessoais vividos pela autora e personagem principal, Persépolis consegue prender o espectador ao mesmo tempo em que relata as dificuldades existenciais de Marjane. Ela, que se sentia incomodada com as imposições de seu país, também experimenta uma espécie de deslocamento na Áustria, sentindo-se insegura por ser do Irã.
            À medida que a trama vai se desenvolvendo, o espectador acompanha capítulos da vida de Marjane, que são apresentados em preto e branco e com um traçado simples, que não se preocupa em ser realista.

            Não é necessário um conhecimento prévio muito profundo acerca do Oriente Médio para simpatizarmos com Persépolis; o filme explica de forma leve e coesa a realidade daquela região, podendo ser classificada como uma animação voltada principalmente para o público adulto, mas que entretém a toda a família.

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