As redes
sociais, criadas para o compartilhamento de opiniões e relacionamento em seu
sentido mais abrangente, deixaram de ser meras estruturas de socialização para
se tornar um fenômeno quase global.
Entre os
jovens, a “febre” vai desde um site em que é possível criar um perfil virtual
para se relacionar com pessoas até um servidor para microblogging onde o usuário pode expor o que pensa – em até 140
caracteres. Além dos exemplos citados, existem vários outros tipos de redes que
seguem o mesmo propósito básico: a interação entre usuários.
A
exposição pessoal, que surge como inerente a esse intercâmbio cibernético, deve
ser considerada na medida em que esbarra em alguns problemas. Um deles é o bullying (do inglês bully, ou valentão), classificado como qualquer ato de violência
física ou psicológica praticado de maneira intencional e contínua para fins de
intimidação. Se o termo em si já é um produto da modernidade, o recente bullying virtual ainda encontra
barreiras, uma vez que não existem leis no Brasil e em muitos outros países que
criminalizem esse tipo de ato.
A
associação dos fatores mencionados acima nos remete a um acontecimento relativamente recente,
de ampla repercussão: o suicídio da jovem inglesa Hannah Smith, de 14 anos. De acordo
com seu pai, a garota sofria insultos através do Ask.fm, uma rede social cuja
ideia é um jogo de perguntas e respostas. Foram encontradas em sua página
várias ofensas anônimas, que insinuavam que ela deveria se matar.
O que
deve ser pensado a partir do ocorrido é o peso negativo que o anonimato exerce
nas redes sociais, quase como um incentivo ao bullying e/ou práticas mal-intencionadas em geral. É relativamente
fácil encontrar o perfil de alguém, por se tratar de uma rede aberta e
interligada. E justamente pela impunidade já citada anteriormente, somada à
opção de postagem anônima, o cyberbullying
se torna uma prática impensada que pode ter consequências graves para a vítima.
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